A idade das artérias pode ser diferente da sua idade biológica, quanto mais velhas, maior risco para o coração

 

Nova técnica avalia a idade biológica das artérias do corpo através da medida da pressão central

Cada vez que o coração bate, o sangue é ejetado e distribuído para todo o corpo. A velocidade com que o sangue sai do coração e a resistência das artérias à passagem desse sangue é determinada pela rigidez das paredes dessas artérias. E isso pode ser avaliado através da pressão central, uma técnica que utiliza a medida da onda de pulso gerada a partir de cada batimento do coração.

Esta é a nova arma no diagnóstico/prevenção de doenças cardiovasculares. Com essa informação, é possível determinar a qualidade das artérias, a idade biológica dos vasos, antecipar e escolher tratamentos mais adequados para cada paciente.

Para o Dr. Eduardo Costa Duarte Barbosa, cardiologista, presidente da Sociedade Latino Americana de Hipertensão (LASH) e da Sociedade Arterial Latino Americana (Artery LATAM), a avaliação dessa elasticidade arterial tem importância clínica na medida em que pode estratificar melhor os fatores de riscos do paciente e, dessa forma, contribuir para o tratamento e prevenção dos eventos cardiovasculares, responsáveis por mais de 380 mil mortes no Brasil, segundo o Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, e aproximadamente 18 milhões no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

No Brasil, a tecnologia de aferição da pressão central já está validada pela ANVISA, mas poucos médicos ainda estão familiarizados com os métodos. Entretanto, de acordo com o Dr. Eduardo Costa Duarte Barbosa, pesquisas recentes têm demonstrado as contribuições desse novo conhecimento que direciona a uma maior personalização da Medicina.

“Os estudos têm demonstrado que é um conceito que pode modificar a forma de lidar com os pacientes através de uma medicina mais individual com tratamentos personalizados”, aponta o cardiologista destacando ainda maior atenção a pacientes hipertensos, com obesidade, e diabetes tipo 2, pois estes possuem vasos mais rígidos e maiores chances de infarto.

Dados de janeiro a dezembro de 2018 – Fonte: Data SUS
 

Internações

 

Mortes

 

Tx. de mortalidade

 

AVC

 

191.988

 

30.622

 

15,95%

Insuficiência cardíaca  

202.541

 

22.465

 

11,05%

Infarto agudo do miocárdio  

74.022

 

10.118

 

13,67%

Síndrome coronariana aguda  

68.120

 

1.464

 

2,15%