Frequentemente diagnosticada, a depressão é uma doença com múltiplas causas, sobre a qual ainda temos muito a aprender.

Tristeza, pensamentos sombrios, baixa autoestima, perda de interesse ou prazer … a depressão não é frescura, é uma doença real. Afeta todos os aspectos da vida diária e está ligada a um risco aumentado de suicídio. Pode levar a vícios, doenças cardíacas, diabetes e distúrbios sexuais.

Muitos fatores entram em jogo no início da depressão. Fatores de vulnerabilidade, como ter sido vítima de abuso infantil, estabelecem as bases. Outros chamados fatores desencadeantes precedem o início, como o rompimento de um relacionamento, a morte de um ente querido ou a pobreza.

Os fatores genéticos também possuem um papel importante, sugerindo uma predisposição hereditária. Doenças crônicas, tabagismo, dependência de álcool ou outras substâncias e até uma dieta desequilibrada também podem aumentar o risco de depressão.

322 milhões

o número de pessoas vivendo com depressão em 2017. 1

+ 18,4%

aumento do número de casos entre 2005 e 2015. 2

≈ 1/2

Menos da metade das pessoas afetadas pela depressão são tratadas com antidepressivos. 3


 

COMPREENDENDO MELHOR A DEPRESSÃO

 

NEUROTRANSMISSORES EM DESORDEM

Em pessoas com depressão, a química do cérebro é alterada. Isso pode se manifestar como uma deficiência ou desequilíbrio que afeta um ou mais neurotransmissores – moléculas que são liberadas do final de um neurônio (sinapse) e servem como mensageiros químicos do cérebro. Três neurotransmissores são afetados na depressão: serotonina, noradrenalina e dopamina. Estes possuem um papel importante na regulação do humor e comportamento, e sua função pode ser restaurada com a ajuda de antidepressivos.

SINTOMAS

De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, em outubro de 2017: “um episódio depressivo é caracterizado pela presença de pelo menos dois dos três principais sintomas a seguir (veja infográficos) por pelo menos duas semanas consecutivas com um certo grau de severidade para cada uma; eles devem representar uma mudança em comparação com o estado anterior do indivíduo e causar sofrimento significativo ”

Post depressão

 

Geralmente, os episódios depressivos desaparecem após várias semanas ou meses, com tratamento ou espontaneamente. Isso é chamado de remissão.Se o episódio depressivo não se repetir, isso é considerado uma recuperação, mas permanece bastante raro. Em 50% a 80% dos casos, um novo episódio ocorre dentro dos próximos 5 anos. 6 A depressão é considerada crônica quando certos sintomas persistem, às vezes de forma menos grave, por pelo menos 2 anos.


 

TRATAMENTOS DISPONÍVEIS

 

A psicoterapia é recomendada, independentemente da gravidade da depressão.

Existem vários tipos de psicoterapia, incluindo de apoio, de comportamento cognitivo-comportamental e de psicanálise, e vários métodos, como sessões individuais, familiares ou em grupo. A família e os amigos de um indivíduo sempre desempenham um papel particularmente importante no suporte. Expressar o sofrimento e aceitar a ajuda são essenciais para o sucesso do tratamento.

Além da psicoterapia, os medicamentos, particularmente os antidepressivos, são geralmente úteis ou mesmo necessários.

Os antidepressivos são recomendados para episódios depressivos moderados a graves. Existem várias classes de antidepressivos, a maioria dos quais são direcionados para neurônios que secretam serotonina, noradrenalina ou dopamina. Eles possuem diferentes mecanismos de ação que permitem aumentar a quantidade disponível de neurotransmissores ou restaurar circuitos neurais afetados pela depressão.

O médico irá escolher o antidepressivo mais adequado ao perfil do paciente com base em seus sintomas, histórico médico conhecido, condições e tratamentos anteriores ou atuais. A eficácia dos antidepressivos geralmente é perceptível apenas após algumas semanas.


 

EXISTEM TRÊS FASES NO TRATAMENTO:

 

  • Aguda (6 a 12 semanas) com objetivo de obter a remissão dos sintomas
  • Continuação(4 a 6 meses) com o objetivo de sustentar a remissão dos sintomas e evitar recaídas
  • Manutenção (≥1 ano) com o objetivo de evitar recorrências

Na maioria dos casos, o tratamento é administrado ambulatorialmente (na casa do paciente), com acompanhamento regular por um profissional de saúde. No entanto, às vezes o paciente pode precisar de cuidados urgentes ou o episódio depressivo pode resistir aos medicamentos tradicionais e nesse caso, a hospitalização pode ser considerada.


 

O PAPEL DA SERVIER

 

Por mais de 30 anos, a Servier se esforça para fornecer soluções terapêuticas para pessoas que vivem com depressão. Recentemente, o Grupo concentrou-se em particular em uma abordagem terapêutica cognitivo-comportamental digital.

A abordagem cognitivo-comportamental combina a abordagem cognitiva, que aborda os pensamentos que mantêm o paciente em sofrimento emocional, e a abordagem comportamental, que se concentra em comportamentos inadequados. O objetivo é ajudar os pacientes a encontrar pensamentos alternativos e desenvolver comportamentos ideais.


 

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA EVITAR RECAÍDAS

 

1.      Faça exercícios regularmente

Exercícios como caminhada, corrida, natação ou ciclismo com uma frequência recomendada de cinco sessões de 30 a 40 minutos por semana.Sempre consulte um profissional especializado.

 

2.      Tenha uma dieta balanceada,

rica em frutas e vegetais frescos, peixe e frutos do mar, óleos vegetais e grãos integrais. Esses tipos de alimentos oferecem altos níveis de ácidos graxos essenciais, antioxidantes, vitamina B12, selênio, zinco e ferro, cujas deficiências aumentam o risco de depressão.Sempre consulte um profissional especializado.

 

3.      Conversar sobre seus problemas mais cedo

com seus familiares, amigos ou com o seu médico pode ajudar a prevenir recaídas e recorrências da depressão. Existem também associações de pacientes e familiares que fornecem suporte.


 

(1) (2) (3) Relatório da OMS: Depressão e outros transtornos mentais comuns 2017. https://www.who.int/mental_health/management/depression/prevalence_global_health_estimates/en/

(4) http://www.info-depression.fr/spip.php?rubrique16

(5) Léon C, Chan Chee C, du Roscoät E, o grupo de pesquisa Baromètre santé 2017. A depressão na França, entre 18 e 75 anos: resultados do Baromètre santé 2017. Bulletin épidémiologique hebdomadaire. 2018; (32-33): 637-44

https://www.santepubliquefrance.fr/content/download/119666/file/152124_2018-32-33-1.pdf

(6) Site Inserm, relatório de depressão

https://www.inserm.fr/information-en-sante/dossiers-information/depression